diumenge, d’abril 27, 2008


Passano ancora lenti i treni per Tozeur...

Franco Battiato (1945 Catania-Sicilia) es un compositor del SXX con una nariz muy grandota.

Comparable a los grandes músicos de siglos pasados, junto a su hermosas melodías podemos disfrutar de unas letras llenas de vida , de filosofía, de cosas.
Lleva desde muy joven en estos asuntos , ha creado y aun continua creando infinidad de canciones y óperas.
Casi nadie se acordará de que precisamente con esta composición suya I Treni di Tozeur , que fue un gran exito en España a mediados de los 80 en su versión en castellano (Los trenes de Tozeur) , participó en el festival de Eurovision del 84.
Obviamente no ganó , porque "no esta hecha la miel para la boca del asno".
He encontrado un vídeo de otra de sus canciones extraordinarias: Voglio vederti danzare, donde busca el nexo de las culturas por medio de la danza.
Antes de la canción Battiato habla con unos nómadas tunecinos de camino a Ksar Ghilane, le preguntan a que ha ido hasta alli y el contesta que "a fermare la latinizzazioni della lingua araba": a detener la latinizacion de la lengua Arabe.
Es una respuesta como las que se encuentran en sus letras : que dan que pensar.

El camino hasta el oasis de Ksar Ghilane, a traves del desierto, he tenido la gran suerte de recorrerlo, he visto salir el sol y la luna entre las arenas. Tozeur es un pueblo de color ladrillo tan delicado como la canción.
Un día volveré al bar de Longo, en Douz , donde a primeras horas de la mañana; cuando el sol casi no calienta, el tiempo está detenido y se está en paz,

... hasta que empiezan a aparecer guiris en autobus para devolvernos a la realidad.

Cada vez que oigo a Battiato no puedo evitar acordarme de la belleza de Túnez.

Etiquetes de comentaris: ,

dissabte, d’abril 26, 2008



l'historia contada en primera persona


tia adoptada ha dit...

Em 25 de Abril de 1974, eu estava em Lisboa, a frequentar o primeiro ano da Universidade. Nessa altura só havia 3 universidades em Portugal: Lisboa, Coimbra e Porto. Sendo eu do sul, Lisboa era a que ficava mais perto. Em Abril de 74, estava ainda na surpresa de compreender que vivia sob uma ditadura. Embora tivesse participado, desde os 14 anos, num grupo de teatro amador que era dirigido por um médico socialista (ou que como tal se dizia) e onde havia outros socialistas e comunistas; embora frequentasse o cineclube, cuja direcção era sempre composta por gente de esquerda; embora um primo do meu pai estivesse preso por ser comunista (eu só soube da sua existência depois do 25 de Abril); embora o meu pai e um primo meu mais velho escutassem a Rádio Argel com os ouvidos encostados ao aparelho e por várias vezes se dissesse lá em casa «Todo o cuidado é pouco: as paredes têm ouvidos»; embora quando os professores de esquerda, do liceu que eu frequentava (alguns deles amigos de Zeca Afonso) me convidassem para ler textos, sempre que iam fazer conferências ao círculo cultural e o círculo cultural fosse frequentado maioritariamente por gente de esquerda; embora eu tivesse pertencido à comissão de finalistas do liceu, por onde circulavam, secretamente e com capas forradas ou mesmo substituídas, livros de Mao, de Lenine, de Marx, de Hengels, de Trotski; embora o meu nome já constasse da lista negra da PIDE, só quando fui para Lisboa percebi o que era viver sob uma ditadura. Só em Lisboa percebi o que era não ter liberdade de expressão. Explico-me mal, creio. Pelo que disse até agora, poderia parecer que no sul, sul, havia liberdade de expressão e em Lisboa não. Ao contrário: Fora das grandes cidades a censura era de tal forma que nos cegava e nós nem entendíamos que ela existia – simplesmente porque não conhecíamos outra forma de estar na vida. Só em silêncio e obediência. Em medo permanente de um ser omnipresente, omnipotente, invisível. Em Lisboa assisti a estudantes que começavam a falar, antes de o professor chegar ao anfiteatro, e vi os «gorilas» pegarem neles e espancarem-nos. Em Lisboa assisti a cargas policiais sobre estudantes desarmados, porque estavam reunidos e fugi da polícia, por ter praticado o «crime» de estar na faculdade num dia em que houve uma RGA (Reunião Geral de Alunos). Depois li as notícias completamente deturpadas. Em Março, dera-se o primeiro estremeção. Houvera uma tentativa de golpe de estado. A partir daí, o caminho entre a zona onde eu vivia e a faculdade estava «enfeitado de polícias» aí de 30 em 30 metros. À volta do campus havia uma mata. E a caminho da faculdade lá passávamos pelo carro da tinta e pela carrinha com os cães. O carro da tinta era uma técnica «muito eficaz»: Não matava, mas marcava e a malta podia ser apanhada mesmo já longe do local da concentração. À entrada na faculdade, éramos «apalpadas» e «apalpados» por um funcionário (certamente da PIDE), para ver se levávamos propaganda «subversiva». Mas mesmo assim ela passava. Eu ia lê-la para a casa de banho – mas mesmo assim a medo e só depois de ter olhado para todo o lado, para ver se havia algum buraquinho por onde pudessem estar a espreitar-me.
Quando vim a casa, nas férias da Páscoa, disse à minha mãe que «a coisa estava por um fio; e disse-o a uma amiga da minha mãe, senhora não politizada, que, assistindo ao 25 de Abril pouco mais de um mês após eu ter feito tão grave afirmação, passou a consultar-me, qual oráculo. Achava ela que, se eu tinha «previsto» o 25 de Abril, conseguia prever tudo o mais! É preciso ter-se vivido na província e ter-se vivido no meio universitário, nesse período, para perceber como é assustadoramente simples manter o povo na ignorância. A situação tendia a agravar-se quando se era do sexo feminino.
Eu tinha família em Lisboa, mas moravam no Restelo, que ficava muito longe do campus universitário ( foi a desculpa que arranjei para não ficar lá). Fui para um «lar universitário» que era gerido por freiras. Nessa altura, eu já era ateia mas a fama (merecida) de ser lá que serviam as melhores refeições, levou-me a escolhê-lo. E elas aceitaram-me por eu ter tias que moravam no Restelo – O Restelo era o bairro mais caro de Lisboa! Se ainda acreditasse que somos todos iguais aos olhos de deus, fiquei com a certeza de que o não éramos aos olhos daquelas freiras. O lar tinha outra vantagem: pertencia a uma ordem que geria também um excelente lar masculino. Nesse, havia salão de baile e sala de projecção de filmes. Volta e meia faziam lá festas; nós éramos convidadas e, nesses dias, tínhamos autorização para chegar mais tarde!!! Em tempos normais, a entrada era às 22h, durante a semana e às 24h ao fim-de-semana. Naturalmente, nem todas queríamos ir às festas do lar masculino ( só as que lá tinham namorados ou lá queriam arranjar um); mas combinávamos solidariamente uma hora, encontrávamo-nos na rua perpendicular à do lar, as que iam contavam, rapidamente, como tinha sido a festa, e entrávamos todas ao mesmo tempo, como se tivéssemos estado todas juntas!...
O meu quarto, que partilhava com mais duas amigas, era o único em que havia uma «telefonia». No dia 25 de Abril, acordei com a telefonia aos berros «Aqui, posto de comandos das forças armadas…». Uma colega que saíra mais cedo ouvira uns boatos na rua e voltou a correr para o lar; sabendo que nós tínhamos um rádio, entrou de rompante no quarto, ligou o aparelho no máximo e assim nos acordou com a voz militar. A madre superior disse que dentro de uma hora fecharia a porta e não entrava nem saía mais ninguém. E que a comida ia passar a ser racionada. Eu saí à pressa, para ir gastar todo o dinheiro da mesada de Maio em tabaco, conservas e bolachas! Aproveitei para telefonar para casa (no lar só havia um telefone e a fila para o usar era já muito grande). Disse que não se preocupassem, que as notícias pareciam alarmantes mas que estava tudo calmo. E voltei carregada com as bolachas, os pacotes de SG filtro e as conservas de atum. A madre fechou a porta. A partir desse momento, só tínhamos notícias através de amigos que nos jogavam jornais para os balcões das janelas, ou que no-las iam gritando, da rua. Já não tenho ideia de quantos jornais saíram nesse dia, mas volta e meia lá aparecia um com mais umas folhitas.
No dia seguinte, tudo voltou à normalidade, no lar. Mas eu gastara todo o dinheiro que levara para extras. Quando me perguntavam se queria ir ao cinema, abria o armário onde guardara as conservas, o tabaco, as bolachas e dizia: «O meu filme é este». E não me atrevia a pedir mais dinheiro para casa – eu tinha dito ao telefone que estava tudo calmo; se explicasse que a madre ameaçara racionar a comida, na próxima vez, se a houvesse, não acreditariam em mim. Até que uma colega que ficou a estudar até mais tarde e a quem se acabou o tabaco e atacou a fome, me foi propor, a meio da noite, a venda de um maço de tabaco e de um pacote de bolachas. E foi assim que lá voltei a ir ao cinema – sempre que algumas faziam directas, vinham ao tabaco e às bolachas…
Mas já saltei a parte mais importante: antes de voltar a ir ao cinema, fui à primeira manifestação livre do 1º de Maio. Indescritível. Nem em filme se pode mostrar o que foi. Ainda hoje me arrepio, quando me lembro de gente a chorar e a rir ao mesmo tempo, de milhares e milhares de pessoas – portugueses e delegações vindas de todo o mundo – unidos na mesma alegria, na mesma esperança.
Foi bonita a festa, pá…
Depois, depois foi um longo percurso de desmandos, vitórias e exageros cuja história praticamente ainda nem se começou a fazer.
Mas só é possível eu estar a escrever isto e só ouso enviar, porque houve um 25 de Abril!
Viva a Liberdade!


26 / abril / 2008 00:20

Etiquetes de comentaris:

divendres, d’abril 25, 2008

ONDE É QUE "ESTABAS" NO 25 DE ABRIL?


Etiquetes de comentaris:

dijous, d’abril 24, 2008



TOT EL CAMP

El 10 de septiembre de 1988 el Nou Camp fue escenario de un espectáculo diferente a los que se dan habitualmente. Que como todos saben o sospechan es el fútbol. A bola para os tugas..

Bruce Springsteen & The E Street Band, Peter Gabriel, Sting, Tracey Chapman ,Youssou N'Dour y el Ultimo de la Fila, actuaron en un macroconcierto organizado por Amnistía Internacional conmemorando el 402 aniversario de la Declaración Universal de Derechos Humanos,

El 3 de agosto de ese mismo año, The Boss ya habia estado con su Tunnel of Love iluminando el cesped blaugrana.

Hay cosas que no se pueden dejar de ver , a pesar de las casi 7 horas del macro, de las 4000 pts de entonces , viéndolo desde el palo de la bandera, en un entorno un poquito "hostil"para un corazón "merengado" como el mio, juró que valió la pena.
Sentir bajo los pies como vibra el hormigón ; cemento o lo que sea; de las gradas, cuando el público canta, baila y vocifera el Because the Night, es algo que todo ser humano debiera experimentar al menos una vez en la vida..

Hasta me olvidé que pisaba "territorio comanche" , porque la música , la buena música como la que se escuchó en los dos conciertos a los que asistí , tiene eso: que nos eleva el espíritu y nos une.

pero este año ...pios , bueno, no, que eso.

Etiquetes de comentaris: ,

dimecres, d’abril 23, 2008

veintitrés de abril...

Mis manos eran muy pequeñas cuando por primera vez abrí el Quijote que había en casa.
Dos tomos no muy gruesos pero de gran formato que hacían tarea harto complicada para mis pocos años terminar una página entera.
Además a la poca envergadura física hay que sumar mi exagerada imaginación de entonces y mis ganas de “ver” exactamente delante de mi lo que estaba ocurriendo en cada párrafo, lo cual provocaba que me perdiese a menudo y debía volver al principio para recordar por donde andaban esos dos aventureros.
Leía esos volúmenes con mucho respeto, sobre todo por las continuas advertencias de mi padre de que fuese con cuidado de no estropearlos.
Los trataba como si fuesen para un sacerdote los Santos Evangelios escritos de puño y letra por el mismísimo San Mateo.
Uno de los personajes que recuerdo con desagrado, casi con odio, es el bachiller Sansón Carrasco. Prueba de la influencia que tienen las lecturas en nosotros es que cuando oigo la palabra “bachiller” la asocio a un ser antipático, un asesino de sueños, un “segurata” con mentalidad práctica que no cree en las hadas ni en la justicia social. Nunca he podido quitarme de la cabeza esa imagen de sabelotodo que piensa que esta haciendo un favor a la humanidad matando poetas, un ser molesto como el tío que cuenta el final de las películas en voz alta en los cines para ahorrar tiempo.
El Caballero de los Espejos, por mucho nombre biensonante que se pusiese para ir a sanar a Don Quijote, no era mas que un segundón, incapaz de llegar a la suela de los escarpines agujereados del Caballero de la Triste Figura; lo único que podia hacer para adquirir notoriedad era una lobotomía a su rival con la excusa de sacarlo de la locura, que no fué tal, en pro del interés general.
Consigió pasar a la historia de una manera odiosa , hasta podríamos cambiarle el nombre , llamarlo Caballero de las Lentejas de Bote, o David Chapman , casi seguro que nadie pondría objeción a rebautizarlo con un nombre infame.

Han pasado los años, y muchos tesoros escritos han estado entre mis manos que ya son más grandes, por cierto.
No tardo tanto en “ver” las escenas, mas que nada porque el tiempo, según para que , pasa más rápido y también es cierto que con los años se va adquiriendo práctica junto a la experiencia , tenemos todos la memoria saturada de información que puede volver a la superficie con un sencillo .exe.

He leído Nocilla Dream (extraordinario) y he “visto” mas fácilmente hoy que es una micronación, o el aspecto de un árbol lleno de zapatos en el desierto de Nevada de lo que me costó “ver” como era Clavileño cuando yo solo tenia 10 años.
Ah! pero el Yelmo de Mambrino si supe enseguida que era, porque el abuelo tenía una bacía de latón en la barbería...

Ahora hay Sansones Carrascos para elegir; Quijotes y Sanchos alguno queda, no tengo dudas porque alguno conozco; Dulcineas existirán mientras haya enamorados; y los campos de la Meseta, aunque últimamente solo los veo desde el aire, siguen dibujando el mismo mar dorado que sirvió de escenario a la lucha de los locos contra los gigantes para conseguir que a pesar de todo, en el mundo la gente sonría y sea feliz.

Etiquetes de comentaris:

dimecres, d’abril 16, 2008


Irme quiero, madre,
A aquella galera,
Con el marinero
A ser marinera.

Madre, si me fuere,
Doquiera que vo,
No lo quiero yo,
Que el Amor lo quiere.
Aquel niño fiero
Hace que me muera

Por un marinero
A ser marinera.

El que todo puede,
Madre, no podrá,
Pues el alma va,
Que el cuerpo se quede.
Con él, porque muero,
Voy porque no muera;

Que si es marinero,
Seré marinera.

Es tirana ley
Del niño señor,
Que por un amor
Se deseche un rey.
Pues de esta manera
Él quiere, irme quiero

Por un marinero
A ser marinera.

Decid ,ondas ¿cuándo
Visteis vos doncella,
Siendo tierna y bella,
Andar navegando?
Mas ¿qué se espera
De aquel niño fiero?

Vea a quien yo quiero,
Sea marinera.

Luís de Camões
(rima escrita en castellano)

Etiquetes de comentaris:

dijous, d’abril 10, 2008


AVENTURAS COTIDIANAS

Pedir una cita con algún medico de las
SS* que no sea el socorrido medico de familia no sabia yo que podía llegar a ser una experiencia fascinante, comparable solo al París-dakar , a los vuelos intergalácticos, o a descubrir una nueva teoría sobre en origen del universo que eche por tierra las supermembranas. Pues lo es, si . Esta mañana lo he podido comprobar, y cuando la he conseguido me he sentido como Arsuaga en la Gran Dolina.
Una amable señorita que ha respondido al
teléfono me ha dicho que me daba cita porque ella quería, sin el "volante". Reconozco mi ignorancia en los intríngulis y escalones que hay que superar hasta que consigues sentarte frente e un especialista en algo.
Un volante para mi es lo que llevan los
vehículos para no ir siempre en linea recta , y desde luego en cuestiones médicas deduzco que funciona para lo mismo. En 2006, en una revisión después de innumerables peripecias , tras una avería ( o milagro) que impidió un desastre por un diagnostico errado , el sr medico me dijo vuelve dentro de dos años. Y así trataba de hacer.

Pero la diligente voz telefónica sin dejarme acabar de contarle esto que ocupa menos de una linea escrita , repetía incansablemente y un poco de forma amenazadora ,como un contestador de vodafon, que me lo daba porque veía que era verdad que había estado, que salia en sus informes, pero que después de un año y medio no se puede: debia haber recogido el "volante" .
Al final he tirado por la
vía irónica (error con los funcionarios si no los conoces) y le he dicho que me perdone pero yo no sabia que los médicos caducan al año y medio. Y ni así la tía se ha inmutado .
Hablábamos las dos a la vez, yo trataba desesperadamente de que me enseñase el manual para no caducar la próxima vez, pero ella daba por hecho que yo tengo carné de enfermo, y he de saber el procedimiento.
Imagino que para dar números en los dispensarios médicos has de ser ingeniero aeronáutico como poco y además no esta de menos ser experto en matemáticas, primera por la capacidad necesaria para tener en la cabeza la estructura piramidal y soltura con la mecánica cuántica , y segunda por el aire un poco paternalista con que somos tratados los ignorantes en el tema.

Pero yo solo tengo palabras de agradecimiento para esta persona que POR SU PROPIA VOLUNTAD y
quizás poniendo en juego su puesto de trabajo , me ha dado cita sin el volante.
Y prometo que la próxima vez que vaya iré en persona y con un volante como el de la foto
A ver si tiene bastante con ese....


* seguridad social, o que pensabais?

Etiquetes de comentaris:

divendres, d’abril 04, 2008



MUJERES AL BORDE……

Este año se cumplen 20 desde el estreno de Mujeres al borde de un ataque de nervios.
Después de Volver, esta es mi película preferida de Almodóvar.
Obviamente ( mi madre era manchega y de pueblo) las escenas de Volver me son muy próximas, a veces dolorosamente familiares y otras de reír hasta llorar. Por eso : porque me siento bien al verla es para mi ,hasta ahora, la obra maestra de Pedro.

Pero Mujeres es fantástica, es una película completa , es el reflejo divertido de una época, cambiante y enriquecedora para nosotros en todos los aspectos, la década de los 80 fue en España el paso del gris al rosa ácido.
De todo cabe en los 85 minutos de película: amor, desamor, celos, locura, gazpacho, lagrimas ,rabia, incendios, la modernidad y el glamour ,pero sobre todo mucha diversión y unas ganas tremendas de ir hacia delante.
La escenografía, los vestidos , decorados, todo es luminoso.
Y entre los desastres y desacatos hay un aire optimista, presagio de que todo irá bien.
Pepa (Impresionante Carmen Maura) corriendo arriba y abajo encaramada a los tacones y con minifalda estrecha, Guillermo Montesinos teñido de platino llorando en el taxi , la delirante Lucía a toda ostia dando tiros por las calles de Madrid de paquete en la moto, vestida con el Chanel de color rosa. Antonio Banderas tartamudeando con cara de tonto pero sobando y dando piquitos en la boca a Candela ( María Barranco) para hacerle pasar el susto de haber escondido a un terrorista chiita.
Kiti Manver haciendo de abogada feminista cabrona y poniendole los cuernos con Ivan a Pepa.
Rossy de Palma zombi por la ingesta de gazpacho dopado.
Fernando Guillen (Ivan) haciendo de voz y de cobarde....
Todos están espectaculares.

Pero si he de elegir mi personaje favorito, me quedo con Chus Lampreave , la portera del edificio.
Y su dialogo con Ivan cuando este va a buscar la maleta a casa de Pepa:

Iván: Volveré mañana. Y no le diga que estuve aquí.
Portera: Lo siento, señorito, pero yo soy testiga de Jehová y mi religión me prohibe
mentir. Yo sólo puedo “decir la verdad, toda la verdad y nada más que la verdad”.
Iván: Bueno, si no le pregunta, no diga nada.
Portera: Pero si me pregunta, tendré que contarle todo con pelos y señales.
Iván: Adios
Portera: Ya me gustaría a mí mentir. Pero eso es lo malo de las testigas... que no podemos.
Si no, aquí iba a estar yo.

Me va , me va , me va, me va, el sonido de las trompetas del Juicio Final”.

Etiquetes de comentaris:

dimarts, d’abril 01, 2008


EL SUEÑO DE LA RAZÓN PRODUCE MONSTRUOS

Francisco de Goya y Lucientes (Fuendetodos 1746-Burdeos 1828)
Este grabado forma parte de Los Caprichos , colección de 80 estampas impresas en 1799.
Asuntos caprichosos, inventadas y grabadas al aguafuerte.

Toda clase de monstruos, a saber: pajarracos de garras afiladas, gatos malignos con un solo ojo encendido , berberechos gigantes salvajes, serpientes con largos cabellos , hígados con vida propia corriendo por un pasillo, marshmallows enormes imposibles de despegar de la garganta , velcro que se agarra al pelo y lo arranca, moscas con cara de hombre, hombres con patas de mosca, lápices de colores venenosos, libros impresos en papel de lija, perfume con olor a cebolla, pasteles de porexpan, reuniones de vecinos...
.....y hasta el
de monstruos.

La razón, pues, debe permanecer insomne para que no existan?
Post ergo propter hoc

si o que?


Etiquetes de comentaris: